Exportações florestais do Biobío mostram resiliência em um contexto regional em queda
Embora as exportações totais da Região do Biobío tenham registrado em junho uma queda anual de 22,9%, o setor florestal manteve-se como um dos pilares da atividade exportadora, mostrando até mesmo um leve crescimento em alguns segmentos.
De acordo com o último boletim do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), os embarques florestais —agrupados na categoria Indústria Florestal— atingiram US$ 98,3 milhões, o que representa um aumento de 4,7% em relação ao mesmo mês de 2024. Este desempenho contrasta com a forte queda da Fabricação de celulose, papel e cartão (-28,3%) e do segmento de alimentos (-38%), que impactaram o total do setor industrial.
No detalhamento por produtos, a madeira serrada foi uma das protagonistas, com exportações de US$ 44,7 milhões, um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior e equivalente a 13,8% do total regional. Também se destacaram a madeira compensada (+21,2%) e os perfis e molduras de madeira (+4,0%).
Apesar da queda da celulose, que continua sendo o principal produto exportado da região (31,3% do total), a diversificação em manufaturas de madeira permitiu que o componente florestal mantivesse seu peso na cesta exportadora: três dos seis principais produtos exportados do Biobío vêm diretamente da indústria florestal.
Os principais destinos para esses produtos continuam sendo China, Estados Unidos e Coreia do Sul, mercados que, em conjunto, concentram uma parte significativa da demanda internacional por celulose e madeiras processadas.
O desempenho de junho confirma que, mesmo em um cenário de contração geral das exportações, o setor florestal do Biobío mantém competitividade internacional e capacidade de adaptação, sustentado por uma combinação de matérias-primas e manufaturas com maior valor agregado.