Acoforag: Maior vigilância pode ser o apoio político chave contra o terrorismo
Os sindicatos agrícolas e florestais mostraram certo descontentamento com as ações que o Governo tem tomado para prevenir atos de violência nos setores rurais, como o atentado que no fim de semana custou a vida de um guarda florestal na comuna de Victoria, diante do qual o governo aponta para a ação de uma "organização estável e sustentada no tempo".
A esse respeito, o gerente da Associação de Contratistas Florestais (Acoforag), René Muñoz, afirmou que "esperamos que redobrar a vigilância proposta pelo ministro da Segurança, Luis Cordero, seja o apoio político de que as Forças Armadas e as polícias necessitam para enfrentar esses grupos terroristas".
Enquanto o presidente da Multigremial de La Araucanía, Patricio Santibáñez, apontou que "não pode ser que só tenhamos medidas de vigilância e ações via perseguição penal. Aqui é necessária, por parte do Executivo, uma ação muito mais proativa tendente à desarticulação. Se esses grupos não forem desarticulados, continuaremos expostos aos atos de violência".
A queixa apresentada pelo Governo devido ao atentado que no fim de semana custou a vida a um guarda florestal na comuna de Victoria aponta para a ação de uma "organização estável e sustentada no tempo".
Em meio ao clamor dos familiares da vítima e dos sindicatos empresariais de La Araucanía para invocar a Lei Antiterrorista, o Ministério da Segurança Pública resolveu, em princípio, que a ação legal aludisse à figura de "associação criminosa com homicídio", conforme se soube na segunda-feira.
Segundo publicou o Ex-Ante, a queixa ingressada no Juizado de Garantias de Victoria atribui o crime de Manuel León a "um grupo de pelo menos quatro indivíduos previamente concertados, integrantes de uma organização estável e sustentada no tempo, (que) se posicionou na Rota CH 181".
Os atacantes "(portavam) armas de fogo curtas e longas e munições de diferente calibre, aptas para o disparo, e sem contar com as autorizações correspondentes".
"Clara intenção de matar"
"Saíram de zonas boscosas com clara intenção de emboscar e matar as vítimas (...) Manuel León Urra, que em paz descanse, e César Osorio, que se encontravam a bordo de uma camionete cor cinza, realizando trabalhos de vigilância na propriedade florestal denominada 'Los Prados' da Forestal Mininco", prossegue.
"As vítimas, ao perceberem o ocorrido, empreendem a fuga, momento em que os antissociais, de forma coordenada, disparam uma série de tiros contra os trabalhadores, conseguindo atingir os corpos de ambos", indica a queixa.
"Como resultado dessas ações, a vítima Manuel León Urra, que em paz descanse, faleceu no local devido à gravidade das lesões sofridas em consequência dos impactos balísticos e a vítima César Osorio ficou gravemente ferida, não ocorrendo o óbito por razões independentes da vontade dos autores", acrescenta.
Fonte:Cooperativa