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Sindicatos florestais alertam sobre impactos de tarifas dos EUA

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Líderes da Corporação Chilena da Madeira (Corma) e da Associação sindical de pequenos e médios industriais da madeira (Pymemad) expressaram sua preocupação com o impacto que o aumento das tarifas sobre as importações de madeira e produtos florestais chilenos pelos Estados Unidos vai gerar.

No decreto tarifário mais recente, assinado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em 31 de julho, o Chile não foi incluído, mantendo-se a tarifa de 10% sobre as importações de produtos chilenos anunciada pela Casa Branca em abril. Essa nova taxa, que substitui a tarifa zero vigente atualmente, entrará em vigor amanhã, 7 de agosto.

Atualmente, os Estados Unidos são o segundo destino mais relevante para as exportações florestais chilenas, concentrando 18,5% do total, principalmente em molduras, painéis, produtos colados e madeira serrada. Muitos desses produtos enfrentam uma possível investigação sob a Seção 232 da legislação norte-americana, que poderia resultar em novas tarifas por motivos de "segurança nacional".

Impacto em Ñuble

O setor florestal contribui com 14% do PIB de Ñuble, gera mais de 9.700 empregos na região e representa mais de 65% de suas exportações, totalizando US$ 772 milhões em 2024. Justamente, os principais produtos exportados por Ñuble para os Estados Unidos em 2024 foram painéis de madeira (US$ 103 milhões) e madeira compensada (US$ 62 milhões).

Lorena Vargas, vice-presidente da Pymemad Biobío-Ñuble, afirmou que medidas como essa geram incerteza no mercado. "O que acontece com esse tipo de política, que é volátil e gera incerteza, é que alguns países onde atuamos começam a reduzir estoques, porque não sabem o que vai acontecer no futuro, tornam-se mais restritivos com o preço e, efetivamente, os primeiros afetados são as PMEs, que têm menos recursos e que, além disso, vêm sofrendo uma contração significativa tanto no mercado nacional quanto no de exportação".

"Qualquer tarifa pode afetar o mercado no curto e médio prazo — continuou a líder — e, por outro lado, prevê-se uma contração na demanda, devido à situação econômica que os Estados Unidos estão enfrentando, o que se reflete nos baixos índices de construção".

Enquanto isso, Rafael Ide, conselheiro diretor da Corma e especialista em comércio exterior, apontou para uma tripla dimensão: os impactos diretos sobre as exportações, os efeitos indiretos que se propagam pelas cadeias globais de valor e as consequências estruturais que ameaçam a sustentabilidade e competitividade do setor florestal nacional.

Nesse sentido, o presidente da Corma, Rodrigo O’Ryan, afirmou que "há impactos que são evidentes, como o encarecimento de nossas exportações ou a perda de participação em certos mercados. Mas também há efeitos mais silenciosos, que não são imediatamente visíveis, como a paralisação de projetos, o menor investimento em inovação ou o enfraquecimento das pequenas e médias empresas madeireiras, que, por serem menos visíveis, não são menos importantes. O preocupante é que essa pressão sustentada afeta um setor essencial para avançar em uma agenda de bioeconomia que o Chile e o planeta precisam urgentemente".

Fonte:La Discusión




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