Acoforag alerta: 50 contratistas desapareceram devido ao terrorismo, incêndios e falta de florestação
O gerente da Acoforag, René Muñoz, afirmou que são 50 os contratistas florestais que desapareceram e que buscaram outra atividade, porque "no nosso caso, é preciso acrescentar outro tema: o terrorismo, que a ministra da Defesa, Adriana Delpiano, desconhece, e que nos tem afetado de forma mais significativa desde 2014".
Então, acrescentou que, se somarmos ainda os incêndios florestais e a nula florestação, a atividade ressente-se e obviamente afeta os elos que são os mais simples e os mais complicados, e os mais sensíveis, que são os contratistas florestais e as PMEs.
Por sua vez, a Associação Nacional de Pequenos e Médios Empresários Industriais da Madeira alertou sobre a crise que afeta o setor florestal e que se traduziu no fechamento de serralherias, demissões e no empobrecimento do ramo. A esse respeito, a secretária regional ministerial do Trabalho do Biobío, Sandra Quintana, atribuiu esta situação à redução no crime de roubo de madeira.
Indicou que, perante o fato, o sindicato florestal atravessa um problema estrutural que se agravou com a pandemia e que um dos motivos para a redução na matéria-prima foi a aplicação da lei do roubo de madeira, onde se indica que às serralherias vendiam-se madeira roubada de forma irregular.
Enquanto isso, Michel Esquerré, presidente nacional da Pymemad, acrescentou que as medidas de curto prazo estão a matar o setor. "Se projetar a tomada de decisões a 20 anos, atualmente o curto prazo das eleições presidenciais e em todos os aspetos está a matar a economia, juntamente com o nível de concentração económica que há no país. Então, se não dermos um apoio ao que significa o valor das PMEs nos territórios e seu trabalho e o que significa seu encadeamento produtivo, estaremos a minar as bases produtivas de um ecossistema económico que prejudicará, mais cedo ou mais tarde, toda a gente, todas as grandes e pequenas empresas", afirmou.
A nota no canal do Youtube do Canal 9 BiobioTV
