Ataque incendiário deixa maquinaria florestal destruída na Araucanía
Num ato de violência que continua a perturbar a paz na Araucanía, desconhecidos perpetraram um ataque incendiário na propriedade Pidima da Forestal Arauco, localizada na comuna de Ercilla.
O incidente, que resultou na destruição de uma retroescavadeira, foi acompanhado pelo aparecimento de um lençol com mensagens que exigem a libertação dos presos mapuche e a saída das empresas florestais do território ancestral.
O tenente-coronel Raúl Quintanilla, da Prefeitura de Malleco, informou que, após o aviso da vítima, os Carabineiros compareceram ao local para verificar os fatos. O lençol encontrado levava a inscrição: "Liberdade aos presos mapuche. Fora as florestais do território mapuche. Fora os Yana Kona, o território não se vende, se defende! Amulepu Tain Weichan", uma clara mensagem de resistência e reivindicação territorial.
O promotor de plantão instruiu a realização de perícias científicas por parte do Labocar e do Departamento OS-9 dos Carabineiros do Chile, com o objetivo de esclarecer os fatos e encontrar os responsáveis. Além disso, foram decretadas medidas de proteção para uma segunda máquina que, devido a uma avaria, não pôde ser retirada do local, ficando exposta a possíveis novos ataques.
Este acontecimento soma-se a uma série de conflitos que têm afetado a região, onde a demanda dos povos originários pela recuperação de suas terras ancestrais tem gerado tensões com empresas florestais e o Estado chileno. A situação na Araucanía continua a ser um desafio para as autoridades, que buscam equilibrar o respeito aos direitos dos povos indígenas com a segurança e o desenvolvimento económico da região.